quarta-feira, 23 de julho de 2014

Acadêmico critica silêncio sobre perseguição aos cristãos no Iraque

Ao pesquisar sobre a perseguição de cristãos iraquianos, o acadêmico britânico Tim Stanley constatou que a situação atual é "desprezada".
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Tim Stanley escreveu um artigo para o diário britânico The Telegraph recentemente, onde critica o silêncio do mundo sobre o êxodo de cristãos na região do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

No texto, ele retrata o contexto como um "crime de guerra que, estranhamente, parece que ninguém quer se pronunciar a respeito".

Ele denuncia que o momento dos cristãos no país se resume a "uma escolha pouco atraente: se converter, pagar um imposto religioso ou ser lançado à espada".

Durante o período sob comando do ditador Saddam Hussein, há pouco mais de dez anos, antes da invasão dos EUA, a população cristã no Iraque era de cerca de 1,5 milhões de pessoas. Uma das principais reivindicações de Stanley é para que o Ocidente se mova, já que esteve tão envolvido no Iraque na última década e hoje cala sua voz.


"As ruas de Londres se enchem de milhares que marcham contra a operação militar de Israel na Faixa de Gaza; o Ocidente trilha poderosamente contra os separatistas na Ucrânia, mas quanto ao Iraque não há nada", questiona o estudioso.

Para Stanley, os chefes de Estado ocidentais estão mais preocupados com questões de território do que sobre direitos humanos, o que "faz nos sentir envergonhados com a própria ideia de ver cristãos como uma minoria perseguida".

Ele acrescenta que "ocidentais têm sido treinados a pensar nos cristãos como 'agentes de agressão', e não a sua vítima, e por isso estão surdos aos pedidos de ajuda".

Seja qual for a razão, Stanley aponta que alguma providência deve ser tomada, pois tal silêncio não pode ser tolerado, sobretudo pelo esforço que o povo cristão do Iraque tem manifestado para continuar professando sua fé.

"Qualquer desgosto com a nossa própria covardia moral deve ser compensado pela admiração pelos iraquianos que continuam a dar testemunho de sua fé, em uma terra que se move cada vez mais perto de proibi-los. A sua resiliência ilustra a diferença entre o islamismo fundamentalista e o cristianismo. O primeiro é uma religião de assassinos, este último é uma religião de mártires", complementa o acadêmico, criticando o lado extremista do Islã. Fonte: The Christian Post
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