terça-feira, 22 de julho de 2014

Cratera do "fim do mundo" resulta do aquecimento global

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O mistério da cratera detetada sexta-feira passada na península de Yamal (que se traduz por "o fim do mundo"), no norte da Sibéria, está resolvido. A expedição que tinha partido para investigar a descoberta diz tratar-se de uma consequência do aquecimento global e afasta a hipótese de meteorito.

As novas imagens mostram um lago no fundo da cratera, proveniente do permafrost derretido. No vídeo, disponibilizado no YouTube por um canal de televisão russo, vê-se a equipa científica no local.
Cientistas russos crêem que a cratera descoberta na península de Yamal, na Sibéria, se deve ao aquecimento global e não a um meteorito, como se tinha especulado no fim da semana passada. Em declarações ao Siberian Times, Andrei Plekhanov, investigador sénior no Centro para o Estudo do Ártico, disse que , a cratera era composta por 80% de gelo e não havia indícios de explosão e que, por isso, se eliminava a hipótese do buraco se dever à queda de um meteorito. As declarações que davam como certa a explosão, através da observação das bordas "queimadas" do buraco, são assim desmentidas e Plekhanov salienta o fato de se ter tratado de uma ejeção, sem a libertação de calor, e não de uma explosão. O russo também disse àquela publicação que "estão a trabalhar com imagens do espaço para perceber o momento exato da sua formação" e acrescentou que a cratera terá aparecido "há um ou dois anos", mas que ainda "temos de fazer os nossos testes e depois dizê-lo mais definitivamente". No fundo da cratera encontra-se um lago gelado, composto pela água que cai das paredes de permafrost em erosão.Fonte:Diário da Ciência

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