A 26 dias do primeiro turno, o vazamento de informações dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal ocupa agora o horário nobre das eleições. Enquanto o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, enxerga as denúncias como chance de atacar ao mesmo tempo as duas adversárias, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-senadora Marina Silva (PSB) tentam desviar o suposto vínculo com o escândalo. A PF investiga uma quadrilha acusada de desviar recursos da estatal para distribuí-los a aliados do governo.
Aécio vai usar os pouco mais de quatro minutos de televisão para explorar o caso hoje. Em sintonia com a linha que tem adotado na propaganda eleitoral gratuita, ele vai simular uma conversa com o telespectador. O discurso será o mesmo usado nos últimos dias. Além de cobrar investigação sobre o caso, vai atribuir à gestão petista o suposto esquema de pagamento de propina de empresas a políticos por contratos com a Petrobras.
De acordo com a revista Veja, Costa apontou a participação de políticos de PT, PP, PSB e PMDB no esquema. O ex-diretor da Petrobras foi preso na Operação Lava-Jato, deflagrada em março pela PF, e tenta acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Entre os nomes supostamente citados por Costa, está o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto e substituído na disputa presidencial por Marina Silva.
A ex-senadora tenta se desvincular da relação com Eduardo e foca os ataques também na gestão petista. No programa televisivo de hoje, ela fará curta menção à Petrobras, sem falar diretamente sobre as acusações de Costa. Ontem, depois de visitar uma creche em São Paulo, ela afirmou que o governo atual “manteve toda essa quadrilha” na Petrobras. Mais tarde, ela voltou a defender Eduardo Campos, dizendo que “não há nenhum fato” concreto contra ele. Fonte:Correio Braziliense
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