segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cristã invade reunião muçulmana para anunciar que Jesus é o Salvador




A Catedral Nacional de Washington, que tem mais de um século de existência, é um dos templos cristãos mais conhecidos dos Estados Unidos. De confissão evangélica episcopal anglicana, é chamada de “igreja dos presidentes”, pois muitos deles participaram de um culto nela no dia que tomaram posse. Está afiliada com o governo desde a assinatura de uma “carta do Congresso”, assinada em 6 de janeiro de 1893.

Nos últimos tempos tem defendido a realização de casamentos homossexuais e já convidou o reverendo transgênero Cameron Partridge para pregar num culto que “celebrava” o mês do orgulho LGBT americano. Agora, deu uma demonstração de o quanto o governo Obama está interessado em aproximar cristãos e muçulmanos.

Na sexta (14) representantes de cinco associações muçulmanas realizaram em seu interior a primeira celebração da Jumu’ah, oração islâmica das sextas, seu dia sagrado.

Oficialmente, anunciou-se que seria a primeira reunião como parte de “um esforço para promover a oração inter-religiosa e melhorou as relações globais entre muçulmanos e cristãos”. O encontro foi conduzido pelo embaixador sul-africano Ebrahim Rasool no transepto norte da Catedral, uma área considerada “neutra” por não ostentar nenhum símbolo cristão.

Embora não seja a primeira vez que a Catedral acolhe muçulmanos para cultos inter-religiosos. Porém, é a primeira vez que cedeu o espaço exclusivamente para muçulmanos a fazerem suas próprias orações.


O site da Catedral explica que “os líderes acreditam que orações muçulmanas na catedral cristã mostram mais hospitalidade. Sendo uma valorização de outra tradição de oração e um poderoso gesto simbólico para aprofundar o relacionamento destas duas tradições abraâmicas”. Afirmou ainda que espera dar o exemplo para que outras igrejas cristãs façam o mesmo.

A iniciativa recebeu críticas da American Family Association, que em nota afirmou que o evento viola frontalmente os ensinamentos bíblicos. “O primeiro dos Dez Mandamentos é que o povo de Deus não poderia prestar culto a outros deuses. Alá é um outro deus”.

Christine Weick, 50 anos, conseguiu entrar na Catedral Nacional logo no início das orações para fazer um protesto solitário.









Antes de ser retirada por seguranças, anunciou “Jesus Cristo morreu na cruz por todos nós. Essa é a razão pela qual devemos adorar somente a ele. Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador!… Nós permitimos a construção de mesquitas em todo o nosso país. Por que eles não usam suas mesquitas, e deixem nossas igrejas em paz?”.

Ela foi escoltada até a saída da igreja e entregue para a polícia, mas não foi presa. Em entrevista ao site WND, Christine conta que “sentiu” da parte de Deus que precisava fazer algo. Ela dirigiu cerca de 900 quilômetros, de sua casa até a Catedral em Washington. Afirma ainda que foi guiada por Deus, pois o evento era fechado para convidados e ela não tinha um convite. Seu ato teve grande repercussão nos EUA, tornando-se uma espécie de “heroína da fé” para muitos cristãos.

Após o evento, o embaixador Rasool divulgou uma nota oficial onde afirma: “Este deve ser um mundo no qual todos sejam livres para crer, evitando o fanatismo, a islamofobia, o racismo e o antissemitismo. Precisamos abraçar nossa humanidade para abraçar a fé”. Com informações de Christian Post

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