Aos 28 anos, a cristã Elishba Bibi, grávida de três meses, foi despida e espancada por dois irmãos muçulmanos, Muneeb e Mobeel Gondal, após discutir sobre sua fé com a mãe e irmã dos espancadores no início de novembro, no Paquistão.
Bibi disse à polícia que depois da discussão com as duas mulheres muçulmanas, os dois irmãos começaram a espancá-la com canos de ferro, despojaram suas roupas e, em seguida, arrastaram a gestante para a rua, onde mais tarde ela caiu inconsciente. Além da agressão, os homens também roubaram seu celular, um colar de ouro e seu dinheiro, equivalente a 25 reais.
Bibi foi resgatada por vizinhos cristãos, que chamaram a polícia. Membros da Associação Cristã Britânica Paquistanesa (BPCA) relatam que um grupo local de muçulmanos se reuniram para assistir ao espancamento e denominaram a cena de "a desgraça cristã".
O relatório da BPCA afirmou ainda que o grupo de muçulmanos "não sentiu nenhum remorso ou piedade" e até atirou pedras contra Bibi enquanto ela caminhava para casa tentando cobrir seu corpo seminu.
Aslam Pervez Sahotra, presidente da Comissão da Libertação Humana do Paquistão, criticou a polícia, alegando que eles realizaram uma investigação “meia-boca” e ainda não prenderam os dois irmãos.
Embora um número de cristãos tenha entrado com ações judiciais contra os irmãos Gondal, Sahotra conta que os estes cristãos estão sendo ameaçados com a violência da comunidade muçulmana. "Estamos recebendo relatos de que as famílias cristãs estão sendo orientadas a retirar o processo sob violência, em falsas acusações de blasfêmia", disse Sahotra.
Espancamento de Bibi é o mais recente caso em uma longa linha de violações dos direitos humanos relacionadas à blasfêmia contra as minorias religiosas no Paquistão. A intolerância religiosa no Paquistão causou a prisão de centenas de minorias religiosas. Além disso, muitos foram mortos e instituições religiosas foram queimadas e destruídas.
O caso de Bibi aconteceu após um casal cristão ter sido espancado por uma multidão de 1.500 muçulmanos paquistaneses e depois queimados vivos dentro de um forno de tijolo , porque tinham páginas fora do Corão que alegaram estar rasgada. Dois dias após o assassinato do casal cristão, um muçulmano xiita foi partido até a morte por um policial paquistanês que usava um machado depois de fazer uma observação sobre os companheiros do Profeta Maomé considerada blasfêmia.
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