segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Muçulmano sofre perseguição ao se converter ao cristianismo no Afeganistão




Manter em sigilo a fé em Jesus acaba sendo a opção de muitos muçulmanos que se convertem. Ao tornar pública sua conversão, e consequentemente sua apostasia (decisão de abandonar o islã), esses irmãos podem vir a enfrentar a fúria da família, da sociedade e, em muitos casos, de extremistas religiosos.

Samuel* assumiu o risco de anunciar que é um seguidor de Jesus e pagou o preço mais alto. Nascido em uma família de mulás (líderes religiosos islâmicos), ele se converteu ao evangelho depois de ler o Novo Testamento em uma escola para refugiados. De origem afegã, a família de Samuel se refugiou alguns anos no Paquistão, durante a invasão soviética em sua terra natal.


Conhecer Jesus mudou dramaticamente a vida desse jovem. Seu irmão tentou assassiná-lo, o que fez com que Samuel se escondesse por alguns meses. Após a queda do Talibã no Afeganistão, ele voltou para casa e começou a procurar oportunidades de falar discretamente do evangelho. Compartilhou sobre Jesus em casa e um irmão se converteu. Em casas de chá, Samuel fazia perguntas sobre o Alcorão que, na verdade, buscavam apenas uma brecha para falar de Jesus. Era arriscado, mas Samuel viu pessoas entregando sua vida ao Salvador. Assim nasceu um pequeno grupo de cristãos secretos, do qual ele se tornou líder.

Em 2005, Samuel desapareceu em território talibã. Nunca mais se teve notícias dele, e é bem provável que tenha sido torturado e morto. Duas semanas antes de desaparecer, ele conversou com um ocidental sobre os desafios de ser cristão no país: “É um fardo que temos de carregar. Há perigo em todos os cantos. Mas a fé cristã nos dá vida mesmo na morte, porque por meio de Cristo somos vitoriosos”.

Todos os desafios que a pequena Igreja enfrenta no país conferem ao Afeganistão o 5º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa 2014.Portas Abertas 

*Nome e foto alterados por motivos de segurança.

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