“Desenvolver uma vida de oração é essencial para sobreviver como cristão”, afirma Sun Hi*, colaboradora da Portas Abertas na fronteira entre China e Coreia do Norte. Ela se refere aos cristãos norte-coreanos, mas sua afirmação também diz respeito aos seguidores de Cristo em qualquer lugar do mundo.
Por causa da ajuda que dá aos refugiados e convertidos norte-coreanos, Sun Hi pode ser presa tanto por autoridades da Coreia do Norte como da China. Já os desertores a quem ela ajuda podem ser sentenciados à prisão, enquanto os que se convertem podem ser condenados à morte. Tantos perigos só podem ser enfrentados e vencidos com o poder que vem do alto. Por isso, “ensino aos cristãos norte-coreanos o poder da oração”, afirma Sun Hi.
Tal ensinamento é fundamental, conta, porque muitos refugiados que se convertem decidem voltar à terra natal para compartilhar as boas-novas com seus familiares. Essa viagem de volta é tão perigosa quando a de ida. Um norte-coreano que Sun discipulou escreveu a seguinte oração enquanto retornou à terra natal: “Querido Pai celestial, encha-me de seu poder e sabedoria para que eu possa pregar seu amor às pessoas do meu país e ajudá-las a viver de acordo com a sua Palavra. Ajude-nos a aceitar suas palavras e nos guie em uma vida livre de medo e preocupação”.
Sun Hi e esse irmão evidenciam a importância da oração na vida diária do seguidor de Jesus, tal como o Mestre propôs na oração do Pai-nosso. “O modelo de oração que ele [Jesus] nos deu trata da vida do dia a dia [...] e suas orações mostram uma comunhão espontânea e sem precedentes com o Pai”, escreve Philip Yancey, autor do livro Oração (Ed. Vida).
Os irmãos norte-coreanos aprendem de forma rápida que a oração não é apenas para momentos de dúvida, tristeza e grande calamidade. É necessária para qualquer ocasião da vida cristã, pois, a despeito de onde o cristão esteja, ele encontrará oposição. É o que Paulo afirma quando escreve: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12), e por isso Jesus alerta: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação” (Mateus 26.41).
Somos pessoas de oração
Um dos valores centrais da Portas Abertas se refere justamente à oração. Como organização, essa é a primeira contribuição que pedimos aos parceiros. A oração é fundamental para o ministério e cada detalhe do trabalho, cada necessidade de cada irmão, é submetida a Deus por meio da intercessão. Conheça os demais valores centrais da Portas Abertas aqui.
*Nome e fotos alterados por motivo de segurança.
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