No último vídeo do grupo Estado Islâmico, divulgado na terça-feira (10), um menino de cerca de 12 anos aparece disparando contra a cabeça de um prisioneiro da organização extremista, ao lado de um jihadista que fala em francês. Segundo informação divulgada na sexta-feira (13) por um investigador da região de Haute-Garonne, Jacques Caillaut, a criança foi reconhecida por seus colegas de classe em Toulouse, no sudoeste da França.
No vídeo postado em páginas de grupos islâmicos extremistas na internet, um menino, vestido com uma longa túnica, aparece ao lado de um jihadista. Entre eles, ajoelhado e vestido de laranja, está o árabe israelense Muhammad Said Ismail Musallam, acusado de ser um espião do serviço secreto de Israel. O garoto dispara contra a cabeça do refém e continua atirando contra o corpo de Musallam depois de morto. Ao lado da criança, o jihadista lembra, em francês, os recentes atentados contra judeus na França e ameaça atacar Israel e “conquistar Jerusalém”.
De acordo com Caillaut, o vídeo foi exibido na última quarta-feira (11) para alunos da escola de Vauquelin, em Toulouse. As crianças foram unânimes em apontar a identidade do garoto. “Há uma criança que não frequenta mais essa escola desde março de 2014, mas não posso dar mais detalhes”, disse Caillaut.
Depois do reconhecimento, os estudantes estão recebendo acompanhamento psicólogico. Muitos deles estariam chocados, segundo o investigador.
Na quinta-feira, a justiça francesa informou que estava investigando a identidade do garoto e do jihadista. Segundo fontes policiais, é muito provável que o homem seja Sabri Essid e a criança pode ser seu enteado.
Sabri Essid é francês e partiu para a Síria em 2014, aos 31 anos, com vários outros homens. Ele é filho de um companheiro da mãe de Mohamed Merah, jovem que assassinou sete pessoas – três militares e quatro judeus – em Toulouse, em março de 2012. Merah foi morto dias após os assassinatos, durante um cerco da polícia em Montauban, no sul da França.
A identidade de Sabri Essid e de seu enteado ainda não foram confirmadas. A justiça abriu um inquérito por assassinato com vínculo a um grupo terrorista, formação de quadrilha em relação com um grupo terrorista, apologia ao crime e incitação a atos terroristas.Fonte: RFI Brasil
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