segunda-feira, 25 de maio de 2015

Presidente cazaque de 74 anos é reeleito pela quinta vez




Com 97,7% dos votos, o presidente Nursultan Nazarbayev do Cazaquistão, 42º país na Classificação da Perseguição Religiosa de 2015, foi reeleito para seu quinto mandato em 26 de abril.

A Rádio Livre Europeia (RFE) – cuja missão é relatar notícias de países onde a liberdade de imprensa é proibida pelo governo ou não é totalmente estabelecida – publicou em 28 de abril a (já prevista) vitória de Nazarbayev e que 95% da população compareceu às urnas – um recorde para eleição presidencial no país. 97,7% dos votos foram para Nazarbayev. A Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) diz que os eleitores cazaques tiveram uma escolha limitada devido a restrições à liberdade de expressão e à real falta de oposição.

A RFE constatou que os procedimentos das eleições de 26 de abril devem aprofundar as preocupações sobre o estado de democracia no Cazaquistão. A nação tornou-se a segunda maior economia da antiga União Soviética, deixando o governo de Nazarbayev cada vez mais opressivo. Para servir de exemplo, muitos de seus oponentes e críticos tiveram que deixar o país, mas alguns foram mortos ou morreram em circunstâncias controversas.


De acordo com Rolf, analista de perseguição da Classificação da Perseguição Religiosa, "o resultado das eleições não nos pegou de surpresa. Nazarbayev, que vai completar 75 anos em seis de julho, não tinha reais adversários. Para o país é uma opção de estabilidade no meio de um mundo tão agitado. Podemos esperar a continuidade das atuais formas de política nos próximos cinco anos - isto é, se a saúde de Nazarbayev permitir. O Cazaquistão continuará caminhando com a Rússia como um de seus aliados mais próximos e importantes mas, ao mesmo tempo, mantendo o sonho de independência".

Rolf continua: "Para a igreja, as expectativas são as mesmas. Desde outubro de 2011, o regime aumentou bastante as restrições da liberdade religiosa. Isso veio ao mesmo tempo que os extremistas islâmicos atacaram o país com bombas. Desde então, o Cazaquistão tem monitorado bem de perto as religiões do país. Os cristãos têm testemunhado um aumento de ataques, interrogatórios e prisões. E, infelizmente, espera-se que cresçam ainda mais nos próximos anos".Fonte: Portas Abertas Internacional 


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