quarta-feira, 1 de julho de 2015

Bispo da IURD leva drogas ao púlpito para “provar” dependentes




Um vídeo postado no Facebok mostrando o bispo Rogério Formigoni, 40, num templo da Igreja Universal em São Paulo pode gerar problemas para a igreja.

Um ex-viciado conversa com o bispo que lhe oferece drogas. O porte de substâncias ilícitas é crime no Brasil. Durante a conversa de Rogério e o homem que se identifica viciado em “pedra, pó, cachaça, maconha” há 20 anos foi postado pelo próprio líder religioso em sua página do Facebook.

No testemunho, o homem, afirma ter perdido tudo para a droga. Acompanhado pela esposa, afirma desejar se livrar do vício. Para provar que o homem está mudado, o bispo decide fazer uma “prova” e oferece cocaína. “Sente o cheiro”, diz ao viciado.

O homem faz cara de nojo após cheirar o pacote. Depois, uma cena bastante parecida se repete com cerveja e maconha.

Existem outros vídeos divulgados pelo bispo mostrando drogas ilícitas sendo oferecidas do púlpito para provar que os viciados foram curados.


Segundo o portal da Igreja Universal, Formigoni é um ex-viciado que mudou de vida na IURD. Para ele, o vício tem uma causa espiritual e defende: “Se a pessoa for ao médico, ele não vai dar certeza da cura, mas no trabalho da cura do vício [da Igreja] quem vier disposto a obedecer será curado com toda a certeza.



O material acabou indo parar nas mãos do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que deve encaminhar os vídeos para a Central de Inquéritos Policiais (CIPP). Isso poderá gerar “inquérito policial para apurar a veracidade das imagens”.

Formigoni não é o único. O conhecido bispo Romualdo postou em sua página material semelhante no Facebook. Isso gerou dezenas de milhares de curtidas e de compartilhamentos. Como é comum nas redes sociais, muitos usam a parte dos comentários para criticar o fato de os pastores estarem com drogas no púlpito.

Por sua vez, a igreja Universal do Reino de Deus, defendeu-se através de nota. “A Universal não incentiva o porte de substâncias ilícitas nesses encontros. Mas, alguns dependentes que demonstram de imediato desejo de abandonar o vício e portam alguma droga consigo, querem deixá-la no altar, em um ato compartilhado de fé. Em tais casos, a Igreja comunica as autoridades competentes para as devidas providências quanto à sua destruição.” Com informações de Terra


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