Um homem morreu na última terça-feira (13) durante violentos confrontos que também deixaram um igreja queimada por centenas de homens armados na província islâmica indonésia de Aceh, informou um chefe de polícia local.
Cerca de 750 homens armados com pedaços de madeira destruíram uma igreja em Aceh antes de um confronto com os cristãos locais em uma segunda igreja.
"Após queimar o templo, o grupo tentou atacar outra igreja, mas os cristãos já tinham se organizado no local", afirmou o chefe da polícia de Aceh, Husein Hamidi, à AFP.
"Os grupos se enfrentaram e um homem morreu após ter sido alvejado na cabeça por um rifle de ar comprimido".
Outras quatro pessoas ficaram feridas devido a pedras lançadas durante o confronto, ele completou.
A polícia e o exército foram mobilizados para restaurar a ordem.
Ainda não se sabe a identidade do homem morto e das outras três pessoas atingidas.
Hamidi afirmou que os conflitos ocorreram após um protesto na semana passada por parte de jovens grupos islâmicos exigindo ao governo local que destruísse algumas igrejas, afirmando que elas tinham sido construídas ilegalmente.
Autoridades locais concordaram em agir, mas a tensão aumentou nesta terça-feira quando civis cheios revoltados decidiram eles mesmos resolver a questão.
A situação está agora sob controle e 30 pessoas foram detidas para interrogatório, ele completou.
O grupo de defesa dos direitos humanos Imparsial, com sede em Jacarta, "condenou o incêndio do local de adoração e a perda de uma vida", disse à AFP o diretor-executivo Poengky Indarti.
"A Imparsial está profundamente a par da presença de grupos de intolerância religiosa agindo em nome da religião".
A Indonésia é o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo, mas significativas minorias cristãs, hindus e confúcias, vivem lado a lado no arquipélago.
Ataques a locais de adoração já tinham acontecido antes. Uma mesquita foi destruída em Papua, uma província de maioria cristã na Indonésia, no dia muçulmano sagrado do Eid al-Fitr.Fonte: EM.com.br / com informações de AFP
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