quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cidade de São Francisco proíbe nudez em locais públicos

Um conselho da prefeitura de São Francisco, na Califórnia, votou nesta terça-feira pelo fim da nudez em espaços públicos. A nova lei, que ganhou por seis votos a cinco, põe fim ao hábito de alguns moradores de promover encontros apenas com roupas íntimas em uma das praças mais movimentadas do bairro de Castro, um dos locais emblemáticos do movimento gay.

Crianças com menos de cinco anos estão isentas da proibição; mulheres também podem exibir os seios em público. O governo local também vai abrir exceções para eventos, como a Parada do Orgulho Gay. Em 2011, a Junta de Supervisores (do governo municipal) proibiu a nudez em restaurantes e obrigou os nudistas a colocarem uma toalha sobre os órgãos genitais e nos bancos ou no chão em que se sentarem.Segundo a lei vigente no estado da Califórnia, a nudez pública só é legal quando não motiva "atos ou pensamentos lascivos" ou quando não estão presentes "outras pessoas que podem sentir-se ofendidas" pelo ato. Pessoas a favor da lei dizem que, em São Francisco, cidade dos Estados Unidos conhecida pela contracultura, é difícil O supervisor Scott Wiener, que impulsionou a lei, afirmou que a nudez no bairro de Castro tinha se tornado "algo extremo", e defendeu a lei antes da votação:

"Liberdade, expressão e aceitação não significam que algo possa ocorrer sob qualquer circunstância. Essa lei tem grande apoio na nossa comunidade. Estou falando de apoio de cidadãos comuns que vivem e trabalham nessa vizinhança maravilhosa", disse Wiener.

Nem todos concordam. Após votar, o supervisor John Avalos se mostrou preocupado "com as liberdades civis, a liberdade de expressão e a mudança no estilo de São Francisco". A supervisora Christina Olague disse que a proposta era "uma solução em busca de um problema". Após a decisão, um manifestante pró-nudez gritou no plenário:

"Este não é um governo legítimo!"

Outro afirmou que o resultado era contra a maioria da população. Ainda na prefeitura, onde foi realizada a votação, uma mulher tirou a roupa contra a aprovação da lei. Ela foi retirada do plenário, coberta, por seguranças.

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