"Desde as 06h00 (02h00 de Brasília), centenas de palestinos cruzam a pé os postos de controle do exército na entrada do acampamento. Muitos preferem ficar em vez de dormir fora, sobretudo porque chove muito, e outros vêm buscar mobília, já que estão convencidos de que o conflito irá durar", afirmou um membro de uma organização de ajuda aos palestinos.
"Os soldados não autorizam a passagem de carros e dizem que entram por sua conta e risco", acrescentou.
Segundo um morador que acabava de sair, "os combatentes do Exército Sírio Livre (ESL), que eram milhares há alguns dias, em parte desapareceram. Há dois em cada beco que bebem chá e fumam narguilé".
Mas a crise do acampamento está longe de ter se resolvido. Um dos combatentes do ESL afirmou que "não partirão antes que o exército do regime faça o mesmo".
Na quarta-feira, foram iniciadas negociações para fazer os rebeldes sírios saírem do acampamento de Yarmuk e manter o local à margem do conflito na Síria, após os violentos confrontos entre partidários e opositores ao regime, segundo uma associação de socorro palestina.Cerca de 100 mil dos 150 mil habitantes de Yarmuk fugiram do acampamento e muitos deles se instalaram em jardins e praças de Damasco, afirmou em Genebra a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA). E vários milhares chegaram ao Líbano, segundo a Segurança Geral libanesa.
Fonte:AFP - Agence France-Presse
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