terça-feira, 28 de maio de 2013

Justiça nega liberdade provisória ao pastor Marcos Pereira

O juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti negou, nesta segunda-feira, o pedido de liberdade provisória formulado pela defesa do pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. O religioso está preso desde o dia 7 deste mês, acusado por dois crimes de estupro e coação.

O magistrado concluiu que os motivos que levaram à decretação da prisão preventiva continuam inalterados. A decisão rechaçou os argumentos da defesa de que faltaria legitimidade ao Ministério Público estadual para propor a ação penal. Também concluiu não haver qualquer irregularidade nos atos praticados durante a investigação policial.

De acordo com a decisão, o inquérito policial, "como procedimento administrativo que é, não tem forma rígida e, portanto, sua presidência e seu rumo ficam a critério da autoridade policial, sob o olhar do Ministério Público".

As denúncias do MP contra o pastor foram distribuídas para a 1ª e a 2ª Varas Criminais de São João de Meriti. O religioso teve a prisão preventiva decretada pelos dois juízos: no dia 2 de maio, pela 2ª Vara Criminal, e, no dia 8 de maio, pela 1ª Vara Criminal.

No último dia 9, a 3ª e a 8ª Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio negaram dois pedidos de liminar nos habeas corpus em favor do pastor Marcos Pereira. Os colegiados das duas câmaras ainda devem julgar o pedido.

Segundo as denúncias, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. Ainda de acordo com o MP, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e até mesmo aterrorizar suas vítimas.
Diálogos picantes
Conforme foi publicado, Marcos Pereira foi flagrado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mantendo diálogos de teor sexual com fiéis da igreja.

Numa das conversas, ele pede a uma mulher que leve uma jovem de 16 anos de idade — que seria filha de um chefão do tráfico de drogas e ligado ao Comando Vermelho — a seu apartamento em Copacabana, onde supostamente, ocorreria uma orgia. Ele se refere à adolescente como “uma safada”.Fonte:O DIA

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