sábado, 3 de agosto de 2013

Descoberta de fragmento da “cruz de Cristo” é questionável

Segundo uma das tradições da Igreja Católica, Helena, mãe do Imperador Constantino, liderou uma busca à cruz de Jesus no ano de 325. Ela teria encontrado três cruzes numa gruta, sob o local de sua crucificação.

No tempo de Jesus o local era uma pedreira desativada, de onde eram tiradas as pedras usadas na construção civil. As três cruzes seriam iguais, então como definir qual era a de Cristo. Trouxeram uma menina morta e a colocaram sobre as cruzes, nas duas primeiras nada aconteceu. Porém, na terceira a menina ressuscitou. Estava comprovada que aquela era a verdadeira.

Posteriormente, a cruz foi dividida em partes, uma delas permaneceu em Jerusalém e as outras foram enviadas para líderes religiosos em Roma e Constantinopla (atual Istambul).

Os primeiros registros escritos sobre a história de Helena encontrando a “Verdadeira Cruz” surgiram no final do século IV. Durante a Idade Média, muitos pedaços da cruz e cravos usados para a crucificação foram declarados autênticos e comercializado como “relíquias santas” por mercadores e religiosos.

Essas peças surgiram em quantidade tal que no século IV, o sacerdote conhecido como São Cirilo de Jerusalém disse ironicamente que o mundo inteiro “é preenchido com pedaços de madeira da cruz.” Mais tarde, o teólogo protestante João Calvino, um cético das relíquias religiosas do século XVI, afirmou que “se recolhêssemos todos os fragmentos encontrados (da cruz de Jesus) seria possível construir com eles um navio de grande porte. ”
escavacao cruz de cristo
Mais recentemente, em 1981, uma série de pedaços da cruz e pregos usados ​​na crucificação foram encontrados dentro de um baú com 2.000 anos de idade.
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Hoje, arqueólogos da Turquia divulgaram ter encontrado um pequeno pedaço da cruz. Ele estava dentro de uma urna de pedra, em Sinop, Turquia. Dentro da Igreja Balatlar, construída no século VII. Agora, testes estão sendo realizados para determinar a sua autenticidade. Se a história de Helena é verídica, então esse pode ser o pedaço enviado a Istambul, durante muito tempo a capital do Império Romano do Oriente.

O líder da atual expedição, professor Gülgün Koroglu declarou: ”Nós descobrimos um objeto santo em uma urna. É um pedaço de uma cruz, e achamos que fazia parte da cruz em que Jesus foi crucificado. Esta urna de pedra é muito importante para nós. Ela tem uma história e é o artefato mais importante que já descobrimos até agora”.

A suspeita de autenticidade se daria por que existem cruzes que foram esculpidas nas laterais da urna. Koroglu conta que ele e sua equipe começaram a trabalhar em 2009 no local ao redor da Igreja Balatlar, construída no ano 660. Essa escavação já descobriu mais de 1.000 esqueletos.

A descoberta de relíquias bíblicas não é novidade mesmo no século 21. Em 2011, um grupo de exploradores de Hong Kong e da Turquia disseram ter encontrado a localização da famosa Arca que Noé, no monte Ararat, Turquia. Pouco tempo depois, ficou comprovado que a descoberta era falsa e estava sendo usada como propaganda pelo governo da Turquia, que financiou parcialmente a expedição. Com informações Daily Mail e Protestante Digital.

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