O pastor Joel Engel, presidente do Ministério Engel, publicou um artigo em sua coluna no Gospel Prime defendendo a consagração feminina para cargos de liderança na igreja. O tema é polêmico e divide opinião dos teólogos no Brasil. Ainda assim, algumas denominações têm ordenado mulheres ao ministério.
O líder afirma que como o homem sempre teve prominência sobre a mulher, principalmente em questões de liderança, passou a existir uma cultura machista que proíbe a ordenação das mulheres ao ministério, mas que isso está mudando a medida que a mulher conquista cada vez mais espaço junto a sociedade.
O pastor também afirma que a mulher sempre teve um papel secundário quando o assunto é liderança religiosa, mas isso seria por influência cultural e social. “A cultura judaico-cristã continuou influenciando alguns aspectos sociais dentro das igrejas”, escreveu.
“Nos tempos do Antigo Testamento, por exemplo, a mulher não tinha um valor expressivo na família. Ela não era vista quando havia visitantes, andava a pé enquanto os homens montavam, se traísse o marido, era condenada a morte, enquanto que o homem que traísse poderia fazer da outra parte da família, entre outros direitos, ele podia anular o casamento se a noiva não fosse virgem e deserdar a filha se ela não fosse ‘honesta’”, explicou Engel.
Joel afirma que a igreja acabou herdando uma cultura machista e por isso as mulheres continuam sendo colocadas em segundo plano dentro das igrejas evangélicas. Ele também afirma que em muitas igrejas as mulheres já conseguiram romper este “predicamento machista”.
“É parte de uma cultura alimentada durante anos por costumes e doutrinas criadas a partir de uma perspectiva masculina. Esta perspectiva chegou a ser introduzida em questões teológicas, como usos e costumes”, diz o pastor.
Engel lembra que a igreja é de extrema maioria feminina. Cerca de 75% dos voluntários missionários são mulheres, elas também representam maioria quando no aspecto da conversão.
O líder afirma que não há base bíblica que proíba a ordenação feminina e que Jesus foi o primeiro a iniciar um movimento de integração da mulher junto à sociedade. Ele lembra passagens que mostram que Jesus sempre se dirigiu as mulheres com o mesmo respeito que tinha com seus discípulos.
“De forma incontestável Cristo rompia os grilhões costumeiros do mundo da época ao iniciar uma fala com uma mulher (João 4.7), ao permitir que uma mulher considerada impura lhe tocasse (Mateus 9.20), ao permitir que uma mulher pecadora lhe regasse os pés com lágrimas, e lhe enxugasse com os cabelos (Lucas 7.38), ao criticar Judas que afligia uma mulher por ter lhe derramado um unguento de grande valor (Mateus 26.10) e ao aparecer primeiro a uma mulher após ter ressurgido da morte (João 20.17). Não seriam estas atitudes contrarias a cultura social da época de Cristo?”, questiona o pastor.
Ele termina fazendo algumas colocações sobre a ordenação pastoral e seu preceito divino. Para ele o Espírito Santo não faz distinção entre “macho e fêmea” ao conceder um dom como o de liderança eclesiástica.Fonte:GospelPrime
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