sexta-feira, 6 de junho de 2014

Rio Negro alcança 29,44m e Manaus registra quinta maior cheia, diz CPRM

A cheia do Rio Negro em Manaus já é considerada a quinta maior da capital, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Na quinta (5) e nesta sexta-feira (6), o nível do rio se manteve estável, com a cota de 29,44 metros. O órgão prevê que o rio chegue a 29,60 metros até meados do mês de junho. Com as inundações, Manaus decretou situação de emergência ainda em maio. Pelo menos, 14 bairros da área central da cidade estão afetados pela cheia.

A cheia deste ano está 2 centímetros acima da registrada em 1989, quando o Rio Negro alcançou 29,42, em julho daquele ano. O rio chegou ao quarto maior nível em junho de 1976, com 29,61m. Segundo o CPRM, o nível fica atrás da cheia de junho de 1953 (29,69 m), julho de 2009 (29,77 m) e da maior cheia do Rio Negro em Manaus, alcançada em maio de 2012, com 29,97m.
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Apesar de superar o nível de 1989, as águas do Rio Negro têm subido lentamente em 2014. De quinta-feira (5) até esta sexta-feira (6), o CPRM apontou que o nível do rio não se alterou. Antes disso, houve o aumento de 2 cm consecutivo por dois dias seguidos. Além disso, do dia 1º deste mês para o dia 2, houve elevação de apenas 1 cm.


Já em maio deste ano, o nível do Negro registrou aumentos considerados anormais pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Do dia 22 para o 23, o rio apresentou aumento de 4 cm. Já entre os dias 23 e 25, houve elevação de 5 cm por dia. Do dia 25 para o 26, houve o maior crescimento registrado no período, com aumento de 6 cm.

Na ocasião, o superintendente do CPRM, Marco Antônio de Oliveira, informou ao G1 que o comportamento era inusitado. "Estávamos com um aumento de 2 ou 3 cm por dia, o que é esperado nessa época do ano. Porém, nestes cinco dias, percebemos oscilações de até 6 cm de um dia para o outro. O normal é que haja o ritmo de 3 cm", explicou.

Segundo informações do CPRM, a cheia do Rio Negro em Manaus é causada pelo represamento feito pelo Rio Solimões no "Encontro das Águas" - confluência entre os rios de água barrentas (Solimões) e escuras (Negro), em que as águas correm se misturar.

O órgão destacou ainda que a cheia também é resultado da influência do degelo dos Andes. As chuvas que ocorrem nos países fronteiriços (Perú e Bolívia), nas regiões Oeste e Sudoeste da bacia Amazônica brasileira, também provocam cheia dos afluentes do Rio Amazonas na margem direita.

Emergência
O prefeito de Manaus, Artur Neto, decretou, no dia 26 de maio, situação de emergência na capital amazonense devido à cheia do Rio Negro. Com o nível do rio em 29,19 metros, ruas começaram a ser interditadas e moradores de diversas áreas já relatam problemas causados pela subida das águas. Em todo o Amazonas, 33 municípios estão em situação de emergência por conta da cheia dos rios.

Até agora, 14 bairros da capital foram atingidos pelas inundações. O chefe da divisão de Suporte da Defesa Civil de Manaus, Cleodivan Menezes, informou - em maio deste ano - que equipes do órgão atuam na construção de pontes nas áreas alagadas. De acordo com ele, até o dia 30 daquele mês, foram construídos, em Manaus, 3.235 metros de pontes, além de 310 metros de madeira entregues a representantes comunitários. Ao todo, 900 toneladas de lixo já foram retiradas de áreas alagadas na cidade. O órgão prevê que 3 mil famílias sejam cadastradas para o recebimento de auxílio-aluguel.Fonte:G1
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